quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Surf


Fim de tarde
Caminho até a praia
Céu nublado, uma brisa leve de Sul
Mar gelado, ondas fechantes, não muito grande
Quase ninguém por perto
Enquanto me alongo ao lado da prancha
Preocupações mundanas
Angústias humanas
Bato as palmas pra tirar a areia
Respiro fundo, fechando os olhos
PENSO ATÉ QUANDO PODEREI FAZER ISSO
O cheiro da parafina
O barulho inconfundível
Volto à Terra e me levanto
Peço a proteção e entro
Tudo parece automático
Mas nunca é igual
Não é uma queda inesquecível
Séries na cabeça, remada puxada, algumas vacas
Uma ou outra abrindo
Reflexões solitárias sentado lá atrás, esperando
Começa a escurecer
Saideira meia-boca
Tiro a cordinha e me viro para o mar
Agradeço e concluo
PIOR SERIA SE NÃO FIZESSE MAIS ISSO.

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